domingo, 21 de junho de 2009

Passado o susto inicial da notícia;passado o calor da emoção, a indignação e a revolta, nada melhor que um barzinho com os amigos jornalistas para relaxar. Bom papo, boa música...eu realmente precisava disso (mas isso é só um detalhe pra abrir o post mais descontraído!)!

A raiva (ou qualquer outro tipo de sentimento) não é nunca boa conselheira na hora de tomar decisões. Claro que às vezes somos levados a agir por impulso e na maioria dos casos "damos com os burros n'água" e quando passa o sentimento e voltamos à razão, pensamos: "Putz! Pq eu fiz aquilo? Se tivesse pensado melhor teria feito de outro jeito!" Quando vemos o nosso erro e consertamos, e nos policiamos para não comete-los novamente, à isso chamamos AMADURECER. Crescemos como pessoas e felizes são aquelas que aprendem com seus próprios erros e aprendem a crescer cada vez mais.
Admito que quando recebi a notícia do fim da obrigatoriedade do (meu tão sonhado) diploma de jornalista, senti um misto de medo, revolta, desanimo. Quis quebrar o Congresso,o Senado, o Palácio do Planalto, jogar uma pedra na cabeça do ministro Gilmar Mendes (mas essa vontade é minha e de milhões de brasileiros, cada um com seus motivos). Surgiram várias ideias de passeatas, piquetes e manifestações. Me senti na época do Impeachment do Collor( era muito pequena pra lembras,mas imagino como tenha sido). Mas ao conversar com jornalistas mais experientes, me senti mais calma porque meus olhos foram abertos para algo que já tinha percebido,mas não podia enxergar por causa do estresse: O MERCADO VAI FAZER A SELEÇÃO NATURAL. Se o diploma de jornalista não é mais obrigatório, qualquer pessoa se sentirá no direito (e terá esse direito) de exercer a profissão,mas sem o conhecimento técnico dos termos e atividades jornalísticas, esse "profissional" não conseguirá se manter no trabalho e será engolido por aqueles que dominam e estão mais capacitados. Talento só não é o suficiente para garantir um emprego. Começo a pensar que isso vai ser bom pra nós. Vai haver uma peneira e só sobreviverão os mais fortes, os mais capacitados, e eu serei um deles!

Hoje só tenho ainda mais vontade de terminar meu curso(falta pouco, muito pouco) e ser uma excelente profissional. Fazer valer os quatro anos que passei nos bancos da faculdade e provar que O MEU DIPLOMA TEM VALOR. Concorrência? Disputa acirrada? Sempre existiu e sempre vai existir. Quem vai garantir a minha vaga, vai ser o meu canudo; vai provar que eu tenho a técnica necessária para exercer um cargo tão "perigoso" (a palavra tem mais poder do que se imagina). Temos o direito e devemos fazer sim manifestações, protestos para mostrar ao mundo a força que nós temos, mostrar que não estamos parados e que não somos cordeirinhos que aceitam qualquer ordem sem lutar pela nossos direitos,mas maior impacto vai ser a nossa competência no futuro. A maior vitória vai ser provada através do nosso trabalho que não vai morrer!

Aquele pedaço de papel, aquele canudo,pode não ser obrigatório,mas vai refoçar o meu valor como profissional e vai estampar o orgulho que tenho de ser JORNALISTA POR FORMAÇÃO!

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